domingo, 7 de agosto de 2011

MATANDO UM LEÃO POR DIA - Pierre Schurmann


Em vez de matar um leão por dia, aprenda a amar o seu.

Outro dia, tive o privilégio de fazer algo que adoro: fui almoçar com um amigo, hoje chegando perto de seus 70 anos. Gosto disso. São raras as chances que temos de escutar suas histórias e absorver um pouco de sabedoria das pessoas que já passaram por grandes experiências nesta vida. Depois de um almoço longo, no qual falamos bem pouco de negócios mas muito sobre a vida, ele me perguntou sobre meus negócios.

Contei um pouco do que estava fazendo e, meio sem querer, disse a ele: - Pois é. Empresário, hoje, tem de matar um leão por dia.
Sua resposta, rápida e afiada, foi: - Não mate seu leão. Você deveria mesmo era cuidar dele.
Fiquei surpreso com a resposta e ele provavelmente deve ter notado minha surpresa, pois me disse:
- Deixe-me lhe contar uma história que quero compartilhar com você. Existe um ditado popular antigo que diz que temos de "matar um leão por dia". E por muitos anos, eu acreditei nisso, e acordava todos os dias querendo encontrar o tal leão. A vida foi passando e muitas vezes me vi repetindo essa frase. Quando cheguei aos 50 anos, meus negócios já tinham crescido e precisava trabalhar um pouco menos, mas sempre me lembrava do tal leão Afinal, quem não se preocupa quando tem de matar um deles por dia?

Pois bem. Cheguei aos meus 60 e decidi que era hora de meus filhos começarem a tocar a firma. Mas qual não foi minha surpresa ao ver que nenhum dos três estava preparado! A cada desafio que enfrentavam, parecia que iam desmoronar emocionalmente. Para minha tristeza, tive de voltar à frente dos negócios, até conseguir contratar alguém, que hoje é nosso diretor-geral. Este "fracasso" me fez pensar muito. O que fiz de errado no meu plano de sucessão? Hoje, do alto dos meus quase 70 anos, eu tenho uma suspeita: a culpa foi do leão.

Novamente, eu fiz cara de surpreso. O que o leão tinha a ver com a história?
Ele, olhando para o horizonte, como que tentando buscar um passado distante, me disse:

- É. Pode ser que a culpa não seja cem por cento do leão, mas fica mais fácil justificar dessa forma. Porque, desde quando meus filhos eram pequenos, dei tudo para eles. Uma educação excelente, oportunidade de morar no exterior, estágio em empresas de amigos. Mas, ao dar tudo a eles, esqueci-me de dar um leão para cada, que era o mais importante. Meu jovem, aprendi que somos o resultado de nossos desafios. Com grandes desafios, nos tornamos grandes. Com pequenos desafios, nos tornamos pequenos. Aprendi que, quanto mais bravo o leão, mais gratos temos de ser.

Por isso, aprendi a não só respeitar o leão, mas a admirá-lo e a gostar dele. Que a metáfora é importante, mas errônea: não devemos matar um leão por dia, mas sim cuidar do nosso. Porque o dia em que o leão em nossas vidas morre, começamos a morrer junto com ele.

- Depois daquele dia, decidi aprender a amar o meu leão. E o que eram desafios se tornaram oportunidades para crescer, ser mais forte, e "me virar" nesta selva em que vivemos.

“A CAPACIDADE DE LUTA QUE HÁ EM VOCÊ, PRECISA DE ADVERSIDADES PARA REVELAR-SE.”

RELACIONE AS MANEIRAS PELAS QUAIS VOCÊ LUDIBRIA A SI MESMO



A vida é realmente uma série de escolhas. A cada dia somos confrontados por escolhas e decisões – grandes e pequenas, que ameaçam ou favorecem a vida. Cada um de nós está onde está em razão dessas escolhas e decisões. Há ocasiões em que nos sentimos impotentes frente a nossas escolhas – por exemplo, quando somos viciados em (ou dependemos de) algo. Fazemos uma escolha a cada vez que nos entregamos a um hábito ou a uma ação viciosa. O segredo é estarmos atentos para o momento da escolha a fim de podermos combater o impulso de buscar a saída mais fácil.

Querer que as coisas sejam fáceis é uma forma de ludibriar a nós mesmos, envolvendo-nos em problemas. Isso implica poder contar uma mentirinha, quando dizer a verdade parece mais difícil. Ou talvez optemos por tomar um drinque quando estivermos nervosos, em lugar de usar nossos recursos interiores para vencer o nervosismo.

Sejam quais forem as circunstâncias, obedecer ao padrão de buscar o que consideramos uma saída fácil bloqueia nosso crescimento espiritual. Procurar a saída mais fácil pode se tornar um recurso formador de hábitos – que em pouco templo se espalharão por muitas áreas de nossas vidas – afastando-nos ainda mais de nossas metas e práticas espirituais.

Apanhe um pedaço de papel, ou o seu diário, e faça uma lista em um dos lados da folha, incluindo as seguintes palavras: saúde, prosperidade, amor/romantismo, espiritualidade, relacionamentos, franqueza de comunicação, carreira, criatividade, relação com os pais, compaixão, e pensamento positivo (juntamente com quaisquer outros aspectos que você imagine que façam parte de sua vida).

Agora, no lado oposto do papel, faça uma lista de como você pode estar se ludibriando de alguma forma com respeito a cada aspecto em particular, podendo, portanto, estar sabotando seu processo e sua felicidade. Uma vez feito isso, reserve um momento e convide seus anjos para um período de instrução. Verifique se está sendo excessivamente áspero consigo mesmo, excessivamente crítico ou implacável, e concentre-se em criar um quadro preciso dos bloqueios que podem ter sido gerados a partir de um esforço por esquivar-se de algo.

Perdoe a si mesmo e peça aos anjos que lhe forneçam indicações de como se modificar e trabalhar contra a força natural de buscar o mais fácil. Os anjos o ajudarão a enxergar que, por vezes, a saída mais fácil, na verdade, representa mais trabalho a longo prazo.

Se você começar praticando a ação responsável e se fixar nela, a tendência a ludibriar terá menos poder sobre você. Você estará no caminho e o seu trajeto dará uma guinada para cima, avançando diretamente rumo à luz divina.

OS ANJOS GUARDIÃES DA ESPERANÇA

TERRY LYNN TAYLOR

EDITORA PENSAMENTO