quinta-feira, 25 de abril de 2013

25/04 Nossa Senhora do Bom Conselho


25/04 Nossa Senhora do Bom Conselho

A invocação de Nossa Senhora do Bom Conselho, segundo a tradição secular e devoção popular, é das mais antigas da cristandade. Tanto que acabou sendo incluída na Ladainha Lauretana, pelo Papa Pio IX. 

A primeira igreja dedicada à esta invocação foi construída na Itália, no século IV, na cidade de Genazzano. A cidade, que possuía um templo pagão dedicado à Vênus, foi doada ao Papa São Marco, em 336, pelo imperador, quando a religão cristã fôra liberada em todo o Império Romano. No mesmo ano este Papa mandou erguer uma igreja dedicada à Nossa Senhora do Bom Conselho, no lugar do templo pagão, e designou o dia 25 de abril para a data de sua festa oficial.

Os séculos se passaram, a Senhora do Bom Conselho sempre foi muito honrada pelo povo de Genazzano e das regiões vizinhas, naquela pequena igreja da colina. No ano 1356 ela foi entregue à guarda dos freis agostinianos. 
A verdade é que a igreja ficou abandonada à própria sorte. Foi quando uma viúva chamada Petrucia de Geneo, por devoção à Maria, decidiu tomar a frente do projeto para construir um novo templo naquele local. Embora Petrucia tivesse disposto de todos seus bens, não conseguiu arrecadar recurso nem junto ao povo, nem junto ao clero.

No dia 25 de abril de 1467, ao invés de homenagear Nossa Senhora do Bom Conselho, a população de Genazzano participava de uma feira pública no centro da cidade. Num certo momento uma nuvem baixa atravessou a cidade, pousando no alto da colina, junto a igreja abandonada. Neste instante os sinos das igrejas começaram a tocar sem qualquer ajuda. Todos então foram lá para saber o que era aquilo, inclusive Petrucia. Notaram que no lugar da nuvem havia um belo e fino quadro de Nossa Senhora do Bom Conselho.

Intrigados começaram a perguntar entre si como poderia ter acontecido aquilo. Neste instante dois forasteiros saíram do meio do povo, e se apresentaram como Solavis e Georgi, dizendo que eram albaneses da cidade de Scutari, e contaram porque estavam alí e como chegaram.

A Albânia estava sob o domínio dos turcos muçulmanos há algum tempo e a cidade de Scutari era a única a impor resistência. Os habitantes eram cristãos devotos de Nossa Senhora do Bom Conselho, a qual veneravam no Santuário dedicado à Ela e que abrigava um afresco milagroso. Dias atrás percebendo que não poderiam mais resistir, foram ao Santuário e em oração e pediram conselho à Virgem sobre como fazer para manterem sua fé católica, nesta situação tão difícil. Nesta noite, para assombro dos albaneses a imagem da Virgem se desprendeu da parede e elevando-se pelos céus colocou-se sobre uma nuvem e começou a se trasladar lentamente para o oeste. Os dois puderam segui-la, cruzar o Mar Adriático alcançando a Itália, até chegarem àquela cidade, onde a imagem pousou na antiga e inacabada igreja, indicando que aquele seria seu refugio e dos seus devotos albaneses. 

O povo de Genazzano entendeu a aparição e a mensagem de sua Padroeira. Todos os outros albaneses refugiados foram acolhidos com suas famílias, porque eram muitos os seguiram Nossa Senhora de Scutari. Logo curas e graças começam e foram atribuídas à imagem do quadro. A notícia chegou ao então Papa Paulo II, que mandou uma comitiva de clérigos para constatar a veracidade dos milagres por intercessão de Nossa Senhora do Bom Conselho. 

Nesta ocasião a igreja estava praticamente concluída graças ao empenho do povo que recobrara a devoção na sua Padroeira. Sob a guarda dos freis agostinianos, o local tornou-se um Santuário mariano, sempre repleto de devotos que desejam venerar o milagroso quadro da Virgem Maria, que continua intercedendo pelos milagres junto à Deus. Nossa Senhora do Bom Conselho é também a Padroeira da Província Jesuíta do Brasil Central.

25 de Abril - São Marcos


25 de Abril - São Marcos

O evangelho de são Marcos é o mais curto se comparado aos demais, mas traz uma visão toda especial, de quem conviveu e acompanhou a paixão de Jesus quando era ainda criança.

Ele pregou quando seus apóstolos se espalhavam pelo mundo, transmitindo para o papel, principalmente, as pregações de são Pedro, embora tenha sido também assistente de são Paulo e são Barnabé, de quem era sobrinho.

Marcos, ou João Marcos, era judeu, da tribo de Levi, filho de Maria de Jerusalém, e, segundo os historiadores, teria sido batizado pelo próprio são Pedro, fazendo parte de uma das primeiras famílias cristãs de Jerusalém. Ainda menino, viu sua casa tornar-se um ponto de encontro e reunião dos apóstolos e cristãos primitivos. Foi na sua casa, aliás, que Cristo celebrou a última ceia, quando instituiu a eucaristia, e foi nela, também, que os apóstolos receberam a visita do Espírito Santo, após a ressurreição.

Mais tarde, Marcos acompanhou são Pedro a Roma, quando o jovem começou, então, a preparar o segundo evangelho. Nessa piedosa cidade, prestou serviço também a são Paulo, em sua primeira prisão. Tanto que, quando foi preso pela segunda vez, Paulo escreveu a Timóteo e pediu que este trouxesse seu colaborador, no caso, Marcos, a Roma, para ajudá-lo no apostolado.

Ele escreveu o Evangelho a pedido dos fiéis romanos e segundo os ensinamentos que possuía de são Pedro, em pessoa. O qual, além de aprová-lo, ordenou sua leitura nas igrejas.

Seu relato começa pela missão de João Batista, cuja "voz clama no deserto". Daí ser representado com um leão aos seus pés, porque o leão, um dos animais símbolos da visão do profeta Ezequiel, faz estremecer o deserto com seus rugidos.

Levando seu Evangelho, partiu para sua missão apostólica. Diz a tradição que são Marcos, depois da morte de são Pedro e são Paulo, ainda viajou para pregar no Chipre, na Ásia Menor e no Egito, especialmente na Alexandria, onde fundou uma das igrejas que mais floresceram.

Ainda segundo a tradição, ele foi martirizado no dia da Páscoa, enquanto celebrava o santo sacrifício da missa. Mais tarde, as suas relíquias foram trasladadas pelos mercadores italianos para Veneza, cidade que é sua guardiã e que tomou são Marcos como padroeiro desde o ano 828.