terça-feira, 28 de maio de 2013


28/05 - DIA DO CERAMISTA

Dia do Ceramista
A palavra "cerâmica" vem do grego keramikós, que significa "de argila". A cerâmica é um dos materiais que acompanha o ser humano desde a Pré-História. Ao deixar as cavernas e se tornar agricultor, o ser humano necessitou de utensílios domésticos que pudessem auxiliá-lo em seu dia-a-dia.
A palavra "cerâmica" vem do grego keramikós, que significa "de argila". A cerâmica é um dos materiais que acompanha o ser humano desde a Pré-História. Ao deixar as cavernas e se tornar agricultor, o ser humano necessitou de utensílios domésticos que pudessem auxiliá-lo em seu dia-a-dia. Tais utensílios tinham de ser de material resistente, impermeável e de fácil fabricação. Assim, a argila foi adotada no seu fabrico. O ser humano descobriu que a argila podia ser moldada, quando misturada à água, e que endurecia ao ser queimada. Com essa descoberta, ele pôde fazer casas, vasilhas para armazenamento de água, alimentos, vinho, óleo etc.

Para a arqueologia, esses utensílios são de valor incalculável quando encontrados em escavações, pois a partir deles os cientistas podem estudar a cultura de determinada civilização.

A canalização de cerâmica foi utilizada desde 4000 a.C. Na ilha de Creta, era utilizada em obras de irrigação, drenagem, transporte de água e coleta de esgotos.

Antes da descoberta da América, há mais de dois mil anos, os indígenas já fabricavam utensílios de cerâmica. No Brasil, é famosa a cerâmica da ilha de Marajó. As culturas pré-colombianas também produziram cerâmica de grande valor artístico por seu marcante expressionismo.

Há evidências, encontradas em escavações, da técnica da cerâmica no antigo Oriente, com datas que remontam a quase oito mil anos.

Na Europa, a partir do século XVI, surgiram importantes centros da arte ceramista: Urbino e Faenza, na Itália; Nantes e Sèvres, na França; Talavera de la Reina, na Espanha; Saxônia, na Alemanha; Delft, na Holanda etc. Na China, são famosas as técnicas ceramistas das dinastias Tang e Ming, que muito influenciaram as do Ocidente.

Muitos objetos de cerâmica feitos hoje em dia ainda são fabricados com técnicas parecidas com aquelas utilizadas pelos ceramistas de culturas milenares. O conhecimento técnico tem crescido lentamente, por milênios; cada etapa desse crescimento se torna inviável sem seu precedente.

A cerâmica é essencialmente argila ou barro, moldado e endurecido pelo calor do forno, cuja temperatura pode variar de 450 a 700 graus. A qualidade da argila usada e a quantidade de calor a que é submetida a peça decidem a característica técnica do utensílio.

O ceramista é um artesão que tem talento e sensibilidade para transformar um simples barro em peça de arte decorativa e/ou utilitária. Ele conta com uma matéria-prima abundante na natureza e a transforma com sabedoria e dedicação. Com um pouco de argila disforme em suas mãos, o ceramista faz uma belíssima peça, que servirá para registrar sua época e, ao longo do tempo a história da nossa civilização.



28 de Maio - São Germano de Paris

Nascer e prosseguir vivendo não foram tarefas fáceis para Germano. Ele veio ao mundo na cidade de Autun, França, no ano 496. Diz a tradição que sua mãe não o desejava, por isso tentou abortá-lo, mas não conseguiu. Quando o menino atingiu a infância, ela atentou novamente contra a vida dele, tentando envenená-lo, mas também foi em vão.

Acredita-se que ele pertencia a uma família burguesa e rica, pois, depois disso, foi criado por um primo, bem mais velho, ermitão, chamado Escapilão, que o fez prosseguir os estudos em Avalon. Germano, com certeza, viveu como ermitão durante quinze anos, ao lado desse parente, em Lazy, aprendendo a doutrina de Cristo.

Decorrido esse tempo, em 531 ele foi chamado pelo bispo de Autun para trabalhar ao seu lado, sendo ordenado diácono, e três anos depois, sacerdote. Quando o bispo morreu, seu sucessor entregou a direção do mosteiro de São Sinforiano a Germano, que pela decadência ali reinante o supervisionava com certa dificuldade. Acabou deixando o posto por intrigas e pela austeridade que desejava impor às regras da comunidade.

Foi, então, para Paris, onde, pelos seus dons, principalmente o do conselho, ganhou a estima do rei Childeberto, que apreciava a sua sensatez. Em 536, o rei o convidou a ocupar o bispado de Paris, e Germano aceitou, exercendo grande influência na corte merovíngia. Nessa época, o rei Childeberto ficou gravemente enfermo, sendo curado com as orações do bispo Germano. Como agradecimento, mandou construir uma grande igreja e, bem próximo, um grande convento, que mais tarde se tornou o famoso Seminário de Paris, centro avançado de estudo eclesiástico e de vida monástica.

Germano participou, ainda, de alguns importantes acontecimentos da Igreja da França: do concilio de Tours, em 567, e dos concílios de Paris, inclusive o de 573, e a consagração do bispo Félix de Bourges em 570.

Entrementes não eram apenas os nobres que o respeitavam, ele era amado pelo povo pobre da diocese. Germano era pródigo em caridade e esmolas, dedicando ao seu rebanho um amor incondicional. Freqüentemente, era visto apenas com sua túnica, pois o restante das roupas vestira um pobre; ficava feliz por sentir frio, mas tendo a certeza de que o pobre estava aquecido. Quando nada mais lhe restava, permanecia sentado, triste e inquieto, com fisionomia mais grave e conversação mais severa.

Assim viveu o bispo Germano de Paris, até morrer no dia 28 de maio de 576. Logo os milagres e graças começaram a acontecer e o seu culto foi autorizado pela Igreja, mantendo a data de sua morte para a celebração. Suas relíquias se encontram na majestosa igreja de São Germano de Paris, uma das mais belas construções da cidade.