sábado, 25 de setembro de 2010
O riacho e a mente
Um dia, Buda ia passando por uma floresta, era um dia quente de verão e ele estava sentindo muita sede. Disse então ao seu discípulo:
-Volta para trás. Nós passamos por um pequeno riacho apenas cinco ou seis quilômetros. Traz-me um pouco de água - leva a minha tigela. Estou sentindo-me cansado e com muita sede.
Ele já estava velho. O discípulo voltou para trás, mas quando lá chegou, tinham acabado de passar alguns carros de bois pelo riacho, enchendo-o de lama. As folhas secas, que tinham assentado no fundo, estavam agora boiando na superfície; já não era possível beber esta água - estava muito suja. Regressou de mãos vazias e explicou:
- Mestre, vai ter que esperar um pouco. Eu vou à frente. Disseram-me que uns três ou quatro quilômetros mais à frente há um grande rio. Vou lá buscar a água.
Mas Buda insistiu e pediu:
- Volta para trás e traz a água daquele riacho.
O discípulo não conseguia perceber a insistência, mas, se o mestre dizia, ele tinha que obedecer. Mesmo vendo o absurdo daquilo - tinha que voltar outra vez a andar cinco ou seis quilômetros, sabendo que a água não prestava para beber -, ele foi. E quando já ia se afastando, Buda disse-lhe:
- E não voltes para trás se a água ainda estiver suja, tu senta-te simplesmente quieto na margem. Não faças nada, não entres no riacho. Senta-te quieto na margem e observas. Mais cedo ou mais tarde a água vai ficar limpa outra vez e então podes encher a tigela e regressar.
O discípulo lá foi. Buda tinha razão: a água estava quase limpa, as folhas tinham-se ido embora, a poeira tinha assentado. Mas ainda não estava absolutamente limpa, por isso ele sentou-se na margem e ficou observando o riacho a correr, pouco e pouco, o riacho tornou-se cristalino.
Então o discípulo regressou a dançar. Ele tinha compreendido porque é que Buda estava insistindo tanto. Havia nisto uma determinada mensagem, e ele tinha compreendido a mensagem. Deu a água a Buda, agradeceu-lhe e tocou-lhe nos pés.
Buda perguntou:
- O que é que estás a fazer? Eu é que te devo agradecer por me teres trazido a água.
- Agora consigo compreender - disse o discípulo - primeiro, eu fiquei zangado; não demonstrei, mas estava zangado porque era absurdo voltar para trás. Mas agora entendo a mensagem. Era disto que eu precisava realmente neste momento. O mesmo acontece com a minha mente - ao sentar-me na margem daquele riacho, fiquei ciente de que o mesmo se passa com a minha mente. Se eu saltar para dentro do riacho, vou deixá-lo sujo outra vez. Se eu saltar para dentro da minha mente, cria-se barulho, mais problemas começam a vir de cima, para a superfície. Ao sentar-me na margem, eu aprendi a técnica. Agora vou sentar-me também ao lado da minha mente, a vê-la com toda a sujidade e problemas e folhas velhas e mágoas e feridas, memórias, desejos. Se me preocupar, vou ficar sentado na margem à espera do momento em que tudo fique limpo.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Ser feliz é correr riscos
Feliz é aquele que saboreia quando come, enxerga quando olha, dorme quando deita, compreende quando reflete, aceita-se e aceita a vida como ela é.
Há quem diga que felicidade depende, antes de tudo, de bastar-se a si próprio; de não depender de ajuda, de opinião e, sobretudo, de não se deixar influenciar por ninguém.
Será mesmo? Você pode imaginar uma pessoa assim?
Lao Tzé dizia: "Grande amor, grande sofrimento; pequeno amor, pequeno sofrimento; não amor, não sofrimento".
Pode imaginar você um homem sem paixão, sem desejos? A felicidade, entendida assim, não seria apenas um engôdo, algo contra a natureza humana?
Evidentemente! Sem amor, sem paixão, que sentido teria a existência?
A felicidade é proporcional ao risco que se corre. Quem se protege contra o sofrimento, protege-se contra a felicidade.
Quem se torna invulnerável, torna sem sentido a existência.
O homem feliz aceita ser vulnerável. O homem feliz aceita depender dos outros, mesmo pondo em risco sua própria felicidade.
É a condição do amor e de todas as relações humanas, sem o que a vida não teria sentido!!!
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Oportunidades únicas
Esta mensagem é de um relato do grande navegador Amir Klink:
Depois de ter realizado uma de suas expedições à Antártida, ele escreveu o seguinte no diário de bordo:
"Já ancorado na Antártida, ouvi ruídos que pareciam de fritura. Será que até aqui existem chineses fritando pastéis? Eram cristais de água doce congelada que faziam aquele som quando entravam em contato com a água salgada. O efeito visual era belíssimo. Pensei em fotografar, mas falei pra mim mesmo: Calma, você terá muito tempo pra isso".
Daí, nos 367 dias que se seguiram, adivinhe o que aconteceu?
O fenômeno dos cristais de água doce entrando em contato com a água salgada não se repetiu.
Isso só fez provar que algumas oportunidades são únicas na vida.
É como diz o monge budista, Dalai Lama:
Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito: um se chama ontem e o outro, amanhã.
Portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e, principalmente, viver!
Aproveite a semana para exercitar a sua capacidade de viver intensamente o dia de hoje!
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Eu aprendi
Eu aprendi
Que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa que te entenda e que te ensine com carinho e verdadeiro amor.
Eu aprendi
Que quando você está amando dá na vista.
Eu aprendi
Que basta uma pessoa me dizer "você fez meu dia" para ele se iluminar.
Eu aprendi
Que ter uma criança adormecida em seus braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo.
Eu aprendi
Que ser gentil é mais importante do que estar certo.
Eu aprendi
Que nunca se deve negar um presente a uma criança.
Eu aprendi
Que eu sempre posso orar por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma.
Eu aprendi
Que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto.
Eu aprendi
Que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender.
Eu aprendi
Que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão, quando eu era criança, fizeram maravilhas para mim quando me tornei adulto.
Eu aprendi
Que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos.
Eu aprendi
Que dinheiro não compra "classe".
Eu aprendi
Que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.
Eu aprendi
Que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada e amada.
Eu aprendi
Que Deus não fez tudo num só dia, o que me faz pensar que eu possa?
Eu aprendi
Que ignorar os fatos não os altera.
Eu aprendi
Que quando você planeja se nivelar com alguém, apenas está permitindo que essa pessoa continue a magoar você.
Eu aprendi
Que o amor, e não o tempo, é que cura todas as feridas.
Eu aprendi
Que a maneira mais fácil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu.
Eu aprendi
Que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso.
Eu aprendi
Que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa.
Eu aprendi
Que a vida é dura, mas eu sou mais ainda.
Eu aprendi
Que as oportunidades nunca são perdidas, alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Eu aprendi
Que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar.
Eu aprendi
Que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engoli-las.
Eu aprendi
Que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência.
Eu aprendi
Que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito.
Eu aprendi
Que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você está escalando-a.
Eu aprendi
Que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer
domingo, 19 de setembro de 2010
A vida lhe coloca onde você escolheu estar...
Nasceste no lar que precisavas.
Vestiste o corpo físico que merecias.
Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com teu adiantamento.
Possuis os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Teu ambiente de trabalho é o que elegeste espontaneamente para a tua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que atraístes, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sobre teu controle.
Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas, modificas, tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontade são a chave de teus atos, atitudes são as fontes de atração e repulsão na tua jornada vivencial.
Não reclames, nem te faças de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograme tua meta,
Busque o bem e viverás melhor.
Francisco Cândido Xavier
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