Ato de controverter, contraditar, questionar. Questionar é ação do intelecto capaz de suscitar a dúvida, de questionar os “por quês” envolvidos em uma dada questão alcançada pela mente humana.
Trata-se de um ato de inteligência, isto é, busca-se o entendimento e o conhecimento sobre aquilo que se questiona.
Questionar constitui-se em verdadeiro hábito ou modo de vida dos espíritos inquietos, ávidos pelo saber, dotados de mentes ativas e atentas ao mundo ao seu redor, objetivando pelo conhecimento, alcançar o entendimento e chegar à Sabedoria.
Tal efeito, porém, somente é obtido quando o ato de questionar provém de pensamentos livres, desprovidos de preconceito e idéias pré concebidas que impossibilitam a expansão da consciência que pratica o ato critico.
Questionar é, assim, um exercício de crítica, também; porém não a crítica infundada e fanática, mas a critica que constrói, que estrutura a visão de mundo e a ética pessoal do agente que critica.
Quem questiona, protege-se do dogmatismo manipulador e fanático. Questionar é ato de valorização da própria individualidade, não no sentido egoísta, mas sim no sentido de fortalecer o seu Eu, a sua consciência frente ao que lhe é externo. É parte do processo de construção da própria identidade individual, como ponto de partida do caminho que levará ao encontro do Todo.
Questionar é liberdade de crer, de sentir, de agir, como momento final do ato de questionar; é trazer o contraponto, o “outro lado” da questão que permite o amadurecimento das ideologias e, de resto, de toda a sociedade.
Marcio Regis
Integrante da Escolla de Sophia
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